quarta-feira, 18 de novembro de 2009

A dor de uma perda


Há muitas maneiras de perder alguém.
Podemos perder um avô ou uma avó de causa natural, um tio por alguma doença grave, um primo em um acidente, um irmão vítima de bala perdida. Mesmo com situações fatais tão diversas, a dor da perda é impactual, intensa. Quando alguém que amamos nos deixa de forma repentina, ou não, este fato nos acompanha durante todo o curso de nossas vidas. É um sentimento que pode causar traumas, demorar dias, meses e até anos para amenizar, e assim conseguirmos aceitar o fato.
Já quando perdemos um namorado, ou o amor de nossas vidas, é uma dor alarmante, uma dor que sufoca, mas que depois passa. Esse tipo de dor se esvai quando nos damos conta de que amar desta maneira corroe e desgasta, algo que pode transformar o amor em ódio. Não se preocupe, o ser humano é capaz tanto de amar a vida inteira quanto de ter vários amores durante a vida.
Mas e quando perdemos alguém com a qual não temos laços sanguíneos, mas amamos tanto, como se fosse seu amor eterno? Uma perda gradual e, às vezes, turbulenta. Alguém que está com você desde que você se entende por gente, que sabe seus segredos, seus maiores medos, os sonhos mais profundos, os desejos mais intensos. Uma pessoa que está ali mesmo quando você está de TPM, ou não para de falar a mesma coisa o tempo inteiro?
Vocês, que já não têm as mesmas opiniões, que já não gostam das mesmas músicas, que não entendem o bem querer por ambos... Como suportar a dor de seguir um caminho diferente do seu amigo? Aquele que se transformou em algo tão obscuro, que nem você consegue tirá-lo das sombras?

Rhanna Ramos


Foto: http://gallery.photo.net/photo/3485980-md.jpg

Um comentário:

  1. As perdas as vezes sao fatais para algum pedaçinho do nosso coração!
    mas tambem são um fato que sempre ocorrerão. Infelizmente o ir e vir tambem serve para a vida!

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